Gerais:
- Os textos devem ser enviados pelo formulário de chamada de publicação, textos enviados por e-mail não serão aceitos;
- O texto deve dialogar com a temática proposta no edital;
- Para tamanho dos textos consideramos a lauda literária (2.100 caracteres contando sinais de pontuação);
- Ainda estamos aceitando textos que não sejam inéditos, porém, damos preferência ao ineditismo;
- Textos que não estiverem de acordo com as normas de edição estarão automaticamente desclassificados e não serão avaliados.
Formatação:
- O texto deverá ser enviado em arquivo word;
- A fonte deve ser Times New Roman, tamanho 12, justificado, espaçamento 1,5;
- Textos ficcionais devem conter no máximo 8 (oito) laudas;
- Textos reflexivos devem conter no máximo 12 (doze) laudas;
- O texto deve conter título;
- No arquivo não deverá constar nenhuma identificação de autoria, caso houver, será automaticamente desclassificado.

TEMA:
MÚSICA NOS OSSOS
PRAZO DE ENVIO:
ATÉ 08 DE NOVEMBRO DE 2021, OU ATÉ ATINGIRMOS O LIMITE DE TEXTOS.
Na União Soviética, durante a Guerra Fria, o Estado exercia um controle implacável sobre o tipo de música que poderia ser ouvida. O jazz e o rock, por exemplo, estariam completamente banidos, não fosse a perspicácia de um grupo secreto de amantes da música, e contrabandistas, ao desafiar a censura. Um grupo de jovens chamados “stilyagi” construiu suas próprias máquinas de gravação e as usaram, de maneira extraordinária, para reproduzir os discos proibidos em chapas de raio-x que coletavam nos hospitais.
Surgiu aí a música no osso, contrabandeada junto as costelas, sob os casacos pesados. Os “discos” eram prensados em vitrolas adaptadas, cortados em círculo com uma tesoura e furados no centro com um cigarro. A gravação cobria apenas um lado da chapa e era de péssima qualidade, mas dava o seu jeito de fazer a música circular onde, à princípio, não deveria.
Você também pode conferir:
- O compositor Stephen Coates, o pesquisador e artista sonoro Alex Kolkowski e o fotógrafo Paul Heartfield colaboram no The X Ray Audio Project, onde você pode saber mais sobre o projeto, conferir imagens dos discos e ainda ouvir algumas das músicas contrabandeadas.
X-RAY AUDIO: The Documentary, produzido por The Vinyl Factory and Antique Beat, um documentário curtinho e interessante, com imagens da época. - O jornal El pais publicou essa matéria contando um pouquinho da história do rock’n roll em países comunistas, durante a Guerra Fria.
PROPOSTAS DE PRODUÇÃO:
A Travessa mudou e agora queremos que você mude com a gente. Desde o início, temos no conto nossa principal forma de expressão e, bem, ele continua sendo nosso carro chefe, mas queremos expandir nossas possibilidades. E para isso criamos as seções: Tramas, Trovas e Teoremas; e expandimos nossas chamadas para além da ficção. A partir de agora você pode nos enviar ensaios, resenhas, entrevistas, traduções, artigos, fragmentos, textos reflexivos, a proposta que seu coração mandar, desde que esteja alinhada com nossas normas de edição e com o tema de cada edital.
Abaixo você encontra as propostas de produção para cada seção:
SEÇÃO 01 – TRAMAS
Para esta seção, estamos à procura de textos ficcionais nos quais a arte, em qualquer uma de suas formas, construa brechas para continuar existindo em contextos que lhe sejam, de algum modo, impeditivos. De realidades políticas autoritárias a cenários opressores íntimos, passando por universos pós-apocalíticos e todos os outros contextos possíveis onde a rebeldia saiba ficar acesa e virar expressão artística.
SEÇÃO 02 – TROVAS
Para esta seção, estamos à procura de textos que reflitam sobre qualquer um dos aspectos abordados pela temática do edital, é a sua chance de viajar nas possibilidades. Vale refletir sobre o papel da arte, em qualquer uma de suas formas, em sociedades autoritárias; vale pensar a relação de música e literatura, arte e resistência, arte e censura; vale analisar o próprio contexto da música nos ossos na União Soviética e o impacto que teve na sociedade. Vale resenha de livro que tenha alguma relação com esses temas. São amplas possibilidades, seja criativo. Aqui são aceitas modalidades como ensaio, artigo, resenha, tradução (com a devida licença de direitos autorais sob responsabilidade do tradutor), entrevistas, fragmentos, textos reflexivos no geral.
SEÇÃO 03 – TEOREMAS*
Essa é a seção para falar sobre o processo criativo, em todos os seus aspectos, de modo a contribuir com o conhecimento e prática do ato da criação. Em suma: falamos do que e sobre o que se faz quando se cria. É uma oportunidade para mostrar que inventar mundos, formas e cores não é fácil, não é algo “que simplesmente vem”. Para o leitor, será uma chance de encontrar referências sobre a criação, processos criativos que envolvam métodos como a Escrita Criativa e outras frentes de processo artístico. Esta é uma seção de FLUXO CONTÍNUO, independente da temática da revista (claro que, se coincidir com tema do edital vigente, os sinos editoriais tocarão mais felizes!) e são aceitas modalidades como ensaio, artigo, resenha, tradução (com a devida licença de direitos autorais sob responsabilidade do tradutor), entrevistas e relatos de experiência.